Ensinando Evolução Biológica
Oferecendo Estratégias de Mediação no Conflito Ciência x Religião

O PAPEL DO PROFESSOR DE BIOLOGIA DIANTE DOS CONFLITOS NO ENSINO DE EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Tem-se que compreender evolução biológica deveria ser parte obrigatória da formação intelectual de um professor de ciências, pois ele é o processo gerador da biodiversidade existente ao longo da história e inclusive a atual (GOEDERT, 2003). Para que a evolução biológica assuma o seu verdadeiro status de eixo integrador é imprescindível que professores não só percebam isto, mas que sejam capazes de desenvolvê-los melhor com seus alunos.
O fato a ser esclarecido quanto à postura do professor de ciência e biologia é que existem profissionais que fogem da polêmica e isto pode ser entendido como uma “omissão do professor” (LICATTI e DINIZ, 2003). Matthews (2000) também esclarece que o professor de biologia não pode deixar de enfrentar questões que naturalmente surjam nas salas de aula de ciências.
O ensino de ciências deve promover uma postura crítica por parte dos alunos, cabendo à escola mostrar as várias hipóteses, mas não contrariando o pensamento do aluno, mas tentando ser firme nos limites da formação científica, já que para discussão de temas polêmicos e de repercussão na sociedade precisa-se de ética. O professor deve aceitar o conflito e tentar trabalhá-lo, uma vez que os alunos possuem concepções prévias devendo o ponto de vista do mesmo ser respeitado. É papel do professor de biologia discutir os assuntos polêmicos da biologia para uma formação adequada e uma compreensão mais profunda.
Não se deve ter o caráter de eliminar a visão de mundo religiosa do aluno e sim tentar conciliá-la, lembrando que o professor não pode se mostrar tendencioso, deve expor sua opinião, mas respeitar a do aluno. Diante de possíveis conflitos em sala é fundamental a mediação do professor na construção do conhecimento levando em conta os vários tipos de pensamento.
Entende-se que para o professor é importante ter o domínio sobre os principais postulados e conceitos da evolução biológica e na medida do possível, não transparecer que suas concepções pessoais aparecem em seu discurso. Lembrando que quando o professor faz alegações equivocadas sobre o objeto de estudo da evolução biológica pode estar trazendo preceitos de suas concepções religiosas e, portanto deve evitá-las. Ressalta-se ainda que, além do fato do tema ser polêmico, se o professor não tiver o domínio do conteúdo, isto pode passar despercebido pelos alunos e que pode acarretar no analfabetismo sobre este tema.
É essencial que o professor permita que os estudantes coloquem suas opiniões, mesmo que sejam conflitantes, dialogando, ou seja, deixar os alunos expressarem as suas ideias e posicionamentos (MACEDO e MORTIMER, 2000). Posteriormente os próprios alunos devem refletir sobre as informações de sua cultura cotidiana e agora da sua informação científica adquirida (MORTIMER, 1995). O professor não pode subestimar esta disputa entre o criacionismo e a evolução devendo preparar o aluno no sentido de diferenciar os campos de conhecimento, mas é importante deixar claro que os alunos podem ter crenças religiosas.
É essencial que o professor permita que os estudantes coloquem suas opiniões, mesmo que sejam conflitantes, dialogando, ou seja, deixar os alunos expressarem as suas ideias e posicionamentos (MACEDO e MORTIMER, 2000). Posteriormente os próprios alunos devem refletir sobre as informações de sua cultura cotidiana e agora da sua informação científica adquirida (MORTIMER, 1995). O professor não pode subestimar esta disputa entre o criacionismo e a evolução devendo preparar o aluno no sentido de diferenciar os campos de conhecimento, mas é importante deixar claro que os alunos podem ter crenças religiosas.
Deve-se mediar os conhecimentos de origem religiosa e de senso comum do discente e sistematizar o conteúdo apropriado durante as aulas, cabendo aqui ressaltar que a discussão sobre o ensino do criacionismo em aulas de biologia é uma boa oportunidade para o professor explicar o papel da ciência. El-Hani e Sepulveda (2004) também esclarece que é papel do professor deixar claro que o discurso da ciência esta assentado em pressupostos materialistas, tornando-os explícitos, dando a oportunidade dos alunos refletirem criticamente. Deve-se elucidar que é papel do professor de biologia participar da construção do conhecimento tendo a capacidade de abstração dos conceitos e pressupostos, lembrando que esta construção das ideias diante de uma situação exige a participação efetiva do aluno (NARDI; BASTOS e DINIZ, 2004).

Importante
Entende-se que o professor tem o papel de identificar às pré-concepções dos alunos, promover então a mudança conceitual necessária, atualizando o conhecimento.